Queria poder continuar a falar do gesto mas... a minha caixa de correio tende a trazer notícias destas:
"Para Luciano de Almeida não é preciso fazer avaliações para determinar quem deve sair. No Correio da Manhã de 3 de Outubro, em peça intitulada "Desemprego para mil" diz que, obviamente, vão sair os mais jovens e mais qualificados: "A esmagadora maioria dos docentes é jovem, tem formação académica e forte capacidade de adaptação ".
Por isso em alguns Politécnicos, felizmente não em todos, estão a ir para a rua mestres e doutores, designadamente os formados com apoio do PRODEP. Enquanto se abrem concursos de provas públicas para colocar no quadro meros licenciados.
É assim que toda uma geração terá trabalhado em vão. O ensino superior português não terá futuro se a sua reestruturação se fizer à custa do pessoal docente mais jovem e mais qualificado. "
Fonte: Email do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup)
São coisas destas que nos fazem trabalhar a dobrar. Em Tomar, o Sindicato vai ter uma reunião com a Presidência de modo a poder discutir a situação. Estou em crer que ambos partem do mesmo objectivo: um corpo docente qualificado e com boas condições de trabalho. Infelizmente os casos que me têm chegado (enquanto delegado sindical) não são o melhor indicador da partilha desta política. A ver vamos onde é que isto dará. Tinha grandes esperanças nesta nova direcção.
Mas nem tudo é mau.
Os números desta 2ª fase de candidaturas levaram a um crescimento do número de alunos no Ensino Superior
Na área da arqueologia estou mais do que seguro da estratégia: um corpo docente altamente qualificado (uma esmagadora maioria doutorado ou em fase de conclusão de doutoramento), dinâmico e com ligações ao que de melhor se faz na Europa (porque para ser bom temos de por a fasquia alto).
As condições que conseguimos oferecer aos alunos darão de certeza frutos. A nossa ligação de anos com redes europeias, reforçada hoje em dia com os nossos contactos no Brasil e noutros locais da América do Sul, é a garantia de que os nossos alunos trabalham a uma escala diferente, podendo usufruir de uma série de apoios e bolsas. O mundo em que vivemos há muito que não se restringe a este pequeno rectângulo.
A nossa formação foi pensada já numa estratégia de 3 ciclos em que oferecemos Licenciatura + Mestrado + Doutoramento, estes dois últimos em consonância com a rede europeia de arqueologia, com graus conferidos pelas Universidades com quem temos parcerias aqui em Portugal e lá fora (ambas e não uma ou outra, o que se traduz num diploma com maiores valências).
Continuamos a remar contra a maré, contra corporativismos que defendem que a qualidade advem da restrição para que tudo fique na mesma. Para nós ela advem da qualificação. É essa a nossa luta, a de um grupo aberto e decidido a remar contra a maré.
segunda-feira, outubro 16, 2006
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