sábado, março 26, 2005

Não vim aqui para me incomodar

A frase foi dita uma vez em Freixo de Numão e é utilizada ainda hoje em dia por alguns elementos da equipa.
Neste caso lembre-me dela pelo caso do Idanhese e do modo como o blog foi invadido de comentários.
Consequência ou não alguns blogs deixaram de oferecer a possibilidade de que se comente os posts.
É uma opção válida, mas que retira algum do fascínio dos blogs. Uma das coisas que mais aprecio é o feedback. Faz sentir que de facto alguém, não só se deu ao trabalho de ler, como também de que essa leitura provocou uma reacção, suficientemente forte para que escrevesse uma resposta.
O blog é um contributo para a riqueza e diversidade da opinião, mas também compreendo que muitas vezes os autores fiquem incomodados com o nível baixo dos comentários.
Já senti muitas vezes o peso dos “lobbies” que geralmente actuam pela castração da opinião utilizando para isso os tradicionais mecanismos portugueses de censura: o silêncio (que me parece sobretudo a técnica da avestruz com a cabeça enterrada na areia a ver se passa) e o ruído (que assume a figura baseada num outro animal: o peixe e a peixeirada, que dado o odor, repugna).
A leitura do José Gil poderia ser uma boa prescrição para a maioria destas situações.
No caso da arqueologia e património, assiste-se muitas vezes ao reflexo da escassez de recursos aliada aos problemas estruturais em termos de mentalidade.
Nada de mais. Quem já percebeu que são as redes que fazem o mundo, trabalha hoje e sempre por fazer pontes e não por dinamitá-las. A estratégia da era da rede é abrir a oportunidade ao estabelecimento de conexão com o maior número de nós.

sexta-feira, março 25, 2005

CAA 2005 O mundo nos nossos olhos

E fo assim... Conseguimos
Quem esteve percebeu como esta foi a oportunidade, um momento único que não se repetirá, pelo menos pelos próxims anos.
Ficou mais uma vez provado que o CAA é uma conferência apaixonante e diferente, em que quem vai dificilmente não quer voltar e que deixa em todos a vontade de apresentar uma comunicação e agarrar este comboio.
O cansaço foi muito. Mas correu tudo bem.
Transmitimos a conferência ao vivo de 3 salas pela Internet (quem sabe o desafio de trasmitir um acontecimento pode imaginar o esforço de transmitir 3 salas em simultaneo).
Foi um excelente ensaio para o congresso da UISPP de 2006.
Foi o produto de uma equipa, liderada pela a Alexandra, que supreendeu pela positiva.
Foi um conjunto de alunos empenhados que ergeu este edificio.
Supreenderam-me pelo seu empenho e dedicação. Foram incriveis, sendo os princpais responsáveis pelo excelente ambiente de comuniação, amabilidade, simpatia e cooperação que reinaram entre todos.
Este foi sem dúvida o CAA dos estudantes, conseguindo assim tocar naquilo que é um dos principais principios desta conferência: estimular o aparecimento de gente nova que traz consigo novas ideias.
A qualidade dos trabalhos esteve ao nível do que o CAA já nos habituou, não defraudando nenhuma espectactiva.
O aparecimento da modelação com agentes foi a mais agradável surpresa. È uma das áreas pela que sinto mais carinho e por isso indiquei o trabalho do Marc Altaweel como prémio para melhor comunicação.
A vitória do Marc serviu um pouco de compensação pelo prémio qe nos escapou em 2000, aquando da vitória (justissima) do fabuloso trabalho do Marcos Llobera.
E foi assim..
Mas o CAA2005 não acabou. Ainda há trabalho por fazer (a publicação em 1ª prioridade) e ficam os contactos, os projectos e sobretudo uma equipa de excelência, que incorporou um espirito de grupo e de paticipação em algo que todos nós sentimos como único.
As lágrimas do jantar de ontem têm o sabor feliz da amizade. O que aconteceu ficou para (pelo menos) a nossa história de vida.
Obrigado a todos