"Você é tão novo, tão anterior a todo o princípio, e eu gostaria de pedir-lhe, caro senhor, enquanto possa, que tenha paciência com tudo o que não está resolvido no seu coração e que tente amar as questões elas próprias como se fossem quartos trancados ou livros escritos numa língua muito estrangeira. Não procure pelas respostas, que não lhe podem ser dadas agora, porque não as poderia viver então. E o ponto é, viver tudo. Viva as perguntas agora. Talvez então, nalgum dia longe no futuro, você irá gradualmente, sem sequer notar, viver o seu caminho para a resposta."
Tradução do Post anterior.
Isto é o que gostaria de dizer a alguém que está a começar a fazer uma tese, embora saiba que esse alguém provavelmente não o entenderia (eu não o entendi).
Quando for tese à bolonhesa, lamento ter de lhe dizer que em 3 anos muita sorte terá se conseguir sequer saber qual é a pergunta que quer responder (a sua pergunta e não a dos outros, porque acredite a pergunta será sempre essencialmente sua).
A maturidade é um requisito essencial, a par da inocência infantil que leva a perguntar e da juventude de duvidar.
Há quem leve uma vida inteira só a tentar formular uma pergunta como deve ser. Por isso tenho tantas dúvidas quando vejo respostas tão prontas a consumir.
Duvidar, perguntar, crescer... ensinar/educar.
terça-feira, junho 20, 2006
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