quarta-feira, junho 14, 2006

A Matriz impõe e tudo restringe. Ela ordena e hierarquiza, dá as respostas e chegará mesmo ao ponto de constringir as perguntas. Ela assume-se como fado inevitável, destino único, sem hipótese de outra possibilidade. O seu valor supremo é o Bem, o bem-comum, o bem-estar…o bem é o seu valor, a sua medida.
Renova pela re-estruturação, porque muda a ordem vigente pela imposição da ordem nova. A vontade e a liberdade, assumem-se apenas como valores, ideias, cuja prática é enquadrada.
Tudo é Gestell, tudo existe apenas enquanto “serve para”, tudo é produção, tudo é Bestand, tudo é Valor.
A Margem é o seu jardim, a sua nota de rodapé, que alegremente a valida.
A Matriz é a mãe de que nunca saímos do ventre.

A Arche logia da Matriz tudo ordena, sobre tudo impõe a Ordem, o Valor e em tudo vê Valor e Ordem. Mas como afirma o poema de Holderlin:

But where there is danger,
A rescuing element grows as well.

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